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A OMS sugere recomendar o uso de sal light em substituição ao sal de cozinha para reduzir a pressão arterial e doenças cardiovasculares.

As doenças cardiovasculares representam a principal causa global de mortes, somando 18 milhões anualmente no Mundo. A hipertensão é a principal causa destas mortes, o consumo excessivo de sal é a principal causa desta pandemia de hipertensão nas populações. No Brasil 40% da população adulta é hipertensa.

A OMS lembra a este respeito que o consumo excessivo de sal (sódio) é responsável por 2 milhões de mortes/ano e que foi estabelecido um programa internacional para a redução de sódio na dieta com uma meta de 2.000 mg de sódio/dia/pessoa adulta. Vale lembrar que no Brasil consumimos 5.000 mg sodio/dia/pessoa, mais do dobro do recomendado.

A OMS, em abril de 2023, propôs recomendações para substituir o sal comum por sal light no uso doméstico, visando reduzir a pressão arterial.

Essa orientação baseia-se em estudo do Subgrupo sobre Dieta e Saúde do Grupo Consultivo de Especialistas em Orientação Nutricional (NUGAG), reunindo dados de 25 estudos com 35.000 participantes ao longo de 3 meses a 6 anos. As conclusões respaldam as vantagens do sal light, sugerindo que, em comparação com o sal comum, ele reduz a pressão arterial, eventos cardiovasculares não fatais e mortalidade cardiovascular em adultos.

A OMS deve emitir uma diretriz recomendando o uso de sal light, para a população cozinhar em casa, mas também como ferramenta para Estados alcançarem objetivos de saúde pública na redução de sódio. A recomendação inclui uma ressalva para indivíduos com dietas com restrição de potássio, especialmente pacientes com insuficiência renal, que só devem utilizar sal light sob orientação médica/nutricional.

Em relação ao potássio, a OMS, em 2013, já havia destacado sua deficiência nas dietas, sugerindo um aumento no consumo para 3.500 mg/dia/pessoa adulta. O sal light, enriquecido naturalmente com potássio, contribui também para suprir essa necessidade na dieta.